sexta-feira, 11 de julho de 2008

TEMPO DE CONSTRUIR

Mudou um século. Mudou um milénio. O Futuro é hoje!

Mas estaremos nós preparados para viver o futuro? Saberemos nós estar à altura das expectativas do Mundo Novo que todos sonhamos construir?

Tanto o avanço científico como o tecnológico, possibilitam a alteração por completo do nosso modo de viver. Mas seremos já capazes de integrar esse novo modo de estar e viver?

Muito se fala em avanços tecnológicos e na sua introdução no nosso quotidiano, para nossa comudidade e conforto. Mas não escuto o mesmo entusiasmo em falar da necessidade de criar novos modelos filosóficos que nos ajudem a entender e assimilar as mudanças que se geram no nosso mundo.

Toda uma avalanche de novas tecnologias alteram continuamente os nossos hábitos e quotidianos. A percepção que cada um tem da vida está em mutação contínua. O que era válido ontem, poderá já não ter o mesmo sentido amanhã. Muitos (os mais velhos) queixam-se da perda de valores. Mas será que essa perda está sendo substituida por novos valores? Ou apenas está deixando um grande vazio por preencher?

A sociedade insiste em se reger por padrões obsoletos e desenquadrados das realidades com que nos deparamos nos dias de hoje. Os modelos de tradição e moral de outrora já não enquadram as realidades de hoje.

Como podemos ainda estar ponderando novos padrões de comportamento tomando como referência modelos ditados quando a humanidade ainda desconhecia a forma da Terra? Quando tampouco sabia que a Terra girava em torno do Sol e que era esse movimento que estava na origem da sequência dos dias e das noites. Quando o modo de locomoção mais rápido era viajar no dorso dum cavalo a galope.

À dois mil anos atrás, Cristo afirmou: «Eu sou a nova Lei!» confirmando assim a necessidade de ruptura com os modelos de pensamento e de juizo obsolectos para a altura e que se mostravam ultrapassados e inválidos para um mundo novo, que ele antevia para a época. Está na altura de afirmarmos o mesmo: «Que venha a nova Lei!». Que nos contemporizemos com os novos conhecimentos e conceitos que fomos acumulando ao longo de séculos, de milénios.

Num mundo que se renova dia-a-dia já não há lugar para tradições rígidas e cristalizadas num passado conservador. O Presente faz-se de permanente mudança e exige contínua adaptação.

Os modelos tradicionais de outrora, baseados no núcleo familiar convencional, não têm mais cabimento num mundo onde já nem há necessidade duma cópula genital para se gerar uma nova vida, uma nova criança. Os padrões sociais estão em mutação e isso é um facto imparável.

Já nada justifica a manutenção duma clivagem entre ricos e pobres, quando temos consciência que há no planeta o suficiente para todos vivermos com dignidade e a capacidade física para tornar isso possível.

Lutar contra a mudança é criar atrito e provocar confronto.

É tempo de refazer os modelos sociais e encarar novas filosofias.

É tempo de convidar os Pensadores e os Filósofos a avançarem para a praça pública e debaterem perante todos as referências e os modelos que deverão direccionar o nosso entendimento comum, com os Políticos e Governantes escutando-os e inspirando-se nas suas avaliações.

É tempo de todos começarmos a Pensar! Cada um com a sua cabeça!

É tempo de perceber que a Humanidade está deixando de ser um aglomerado de grupos sociais, para passar a ser uma sociedade de indivíduos com identidades próprias e objectivos pessoais.

É tempo de começar a construir o Futuro!

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