terça-feira, 29 de setembro de 2009

HONDURAS: ALERTA DITADURA

Por vezes a perigosa imbecilidade política de alguns quase leva-nos a ficar do lado de quem reprovamos. Assim quase que toleramos a intervenção dos militares na crise institucional hondurenha, perante o descarado assalto ao poder absoluto por parte de Manuel Zelaya, assim como o seu assalto, acolitado por um bando de algumas dezenas de seguidores, à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, para nela instalar o seu escritório político de incitação à violência civil.

O caso Honduras tem todos os indícios de alerta do que deve ser evitado para se construir um mundo melhor, com países que respeitem a justiça e a dignidade do ser humano. Mais uma vez a ambição de poder de um põe em risco a tranquilidade e harmonia duma nação e de todo o seu povo. 
Mas não só! Manuel Zelaya ao impor o seu refúgio na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa acaba por arrastar outra nação, alheia ao confronto institucional por ele provocado, trazendo a intranquilidade ao povo brasileiro que, com alguma angústia, observa o desenrolar dos acontecimentos em torno da sua representação diplomática nas Honduras.

Neste século XXI já nada justifica estes assaltos pessoais ao poder. Também já é tempo de deixar de recorrer a golpes militares, mesmo que a pedido de instituições legais, para solucionar conflitos institucionais. Por todo o mundo os povos aspiram à paz. É tempo de os governantes começarem a compreender que a sua função é estar ao serviço do povo e que os seus ideais para a nação devem ser coincidentes com os desse mesmo povo. A política tem de deixar de ser um couto de vaidades e interesses pessoais.

Mais preocupante é a constatação da influência e apoio de Chávez, da Venezuela, por trás dos actos de Zelaya. Com um discurso populista e atitudes totalitárias, o pró-ditador venezuelano, vem tentando criar uma corte de influência na América Latina que lhe satisfaça os intuitos imperialistas. As atitudes pouco sensatas, de permanente confronto, do dirigente põem o seu povo e todas as nações da região à beira duma crise de nervos.

Todos os ditadores mais encarniçados e alguns dos mais sanguinários, da história da humanidade se afirmavam defensores dos interesses populares.

sábado, 5 de setembro de 2009

CONSTRUINDO

A maior carência social no mundo actual é Educação.

As carências, as desigualdades sociais e o atraso duma sociedade estão na razão inversa do seu nível educacional. Daí todo o projecto de renovação social deverá ter como propósito fundamental a implantação dum sistema de educação permanente para todo o corpo social.

A educação deverá ir além da escola, além do núcleo familiar. A educação deverá ser um cuidado permanente dos dirigentes e agentes do poder, assim como de todo o conjunto da sociedade. uma educação que estimule e modele todo o modus operandi da sociedade.

Para estabelecer um rico padrão educacional não basta legislar. "Já temos uma lei que salvaguarda..." "já dispomos duma lei que estabelece..." "já fizemos uma lei que define..." "já publicámos uma lei que protege..." Apenas fazer leis não é governar. Este mundo está cheio de paises com constituições e legislações ricas de humanismo e salvaguarda de direitos universais, mas que vivem em profunda injustiça e atropelo da lei.

O acto de bem governar implica acima de tudo a manutenção das melhores condições ideais de vida para todos. Isso alcança-se educando e definindo os ideais e projectos maiores, depois educando e regulamentando dentro pos padrões desses ideais, por fim eduacando e fiscalizando a aplicação da lei.

Educar deverá ser um propósito sempre presente na motivação dos governantes e de todos. Uma nação próspera constrói-se com a vontade e participação de todos, porque todos são parte integrante desse universo. A isso se poderá chamar Democracia!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

SEM REVISÃO

Após alguns meses de ausência e silêncio tento retomar a minha participação nos espaços literários dos meus blogs aqui na internet. E como todos os regressos trazem em si um quê de mudança, este meu retorno não deixará de revelar algumas alterações na forma e no conteúdo, pelo que conto com a vossa paciência e boa aceitação.

Mitos e preconceitos persistem no saber popular que condiciona o agir do povo. O povo, como qualquer multidão, é uma massa irracional que age por instinto e impulso gregário. A falta de cultura dum povo serve as vantagens daqueles que detêm o poder, pelo que há todo um cerco de desinformação e alienação dirigido àquilo que um dia se chamou de massas.

Vivemos na ditadura da economia, camuflada de Democracia. A rotatividade democrática de alguns modelos governativos, é um sistema perverso que dá a ilusão de ser o povo senhor do seu destino, quando nada mais pode estar tão longe da verdade. O povo é condicionado e doutrinado pelos fazedores de opinião (opinion makers), que se acoitam ao serviço de forças obscuras, zelando pelos interesses económicos dos verdadeiros senhores do mundo. Ignóbil enfatizar supostos cuidados com os direitos humanos, quando na verdade o que fala mais alto é o direito à ganância desmedida.