Falam na nociva influência que os video-jogos têm na formação moral e cívica das crianças e jovens. Mas a criança de 5 anos (5 ANOS!!!) que eu vi, numa reportagem televisiva, que num país africano, envolvido numa daquelas guerras selvaticamente sanguinárias, se apresentava de metralhadora às costas implorando para ser incorporado nas forças de combate, de certeza absoluta não tinha acesso a video-jogos e, muito provavelmente nem saberia do que isso se tratava. Ele apenas vive num mundo de quotidiana violência, em que a dor e o sofrimento são tidos como comuns e a morte é apenas um percalço.
Em zonas de influência islâmica extremista (e cujas práticas nada têm a ver com o Islão anunciado no Corão) as crianças são educadas de modo a perderem o sentido de individualidade e a se sentirem motivadas e impelidas a se explodirem, fazendo com que o seu gesto cause o maior numero de vítimas mortais em redor, crendo nisso como o objectivo máximo das suas vidas.
Na Europa, modelo de tranquilidade social e segurança, amiudadamente vamos assistindo, com um preocupante crescendo de incidências, à sublevação de hordas de jovens investindo com uma agressividade e violência excessivas, contra tudo e todos, recorrendo para tal a qualquer pretexto. Pretexto esse que acaba por ser diminuído pelas proporções insanas dos protestos.
Com frequência somos sobressaltados sobre notícias de jovens que irrompem pelas escolas que frequentam, armados de armas de fogo e atirando sobre tudo que se mexa, para depois se imolarem a si próprios. E isto em países ricos e envolvendo filhos de classes sociais sem dificuldades de sustento ou sobrevivência.
Casos também de jovens que agridem tanto professores como os próprios colegas, numa completa falta de sentido de limites hierárquicos e respeito pela dignidade de cada indivíduo. Jovens que chegam a programar sessões de espancamento de colegas, para depois exibirem na internet as imagens colhidas durante a prática desses actos.
É nas mãos desta geração de vândalos que entregamos os destinos do mundo.
Mas sei que há muitas excepções por aí. A esperança não está perdida!
2 comentários:
Boas ManDrag,
Também ponho a questão que tu colocas:
-" É nas mãos desta geração de vândalos que entregamos os destinos do mundo"
Está um pouco nas nossas mãos como Paìs e Mães fazer um maior acompanhamento aos nossos filhos e não deixarmos que a televisão ou companhias menos recomendáveis tomem conta da sua educação, mais do que nunca importa valorizar determinados valores como respeito, tolerãncia e solidariedade. Os meninos de guerra, é outra chaga de paises onde o respeito pela vida não tem qualquer valor, sendo necessário que as sociedades ditas desenvolvidas façam pressão e deixem de ser muitas vezes a causa da existência dessa mesma chaga .
Bom Natal e Um bom 2009
JOY
ManDrag
Todos nós somos responsáveis pelo aparecimento e proliferação destes vândalos. Somos responsáveis quando relegamos o valor das famílias e dos afectos (pilar em que se sustenta a socialização primária) para segundo plano. E isto porque enchemos os jovens de actividades extra-curriculares para que brilhem no traquejo social. Deixamos crianças e jovens entregues a outras pessoas para ganharmos mais dinheiro e progredirmos na carreira e adquirirmos bens que ostentamos como simbolos de riquezas.
Ou então, pela inversa, achamos natural que haja injustiças e quem não tenha o mínimo e viva na violência de condições de vida que gera outro tipo de violências.
Isto para não falarmos dos senhores da guerra e dos donos do mundo que destroem a humanidade para defenderem os seus impérios.
A esperança, ManDrag, está sem sermos justos.
Abraço
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