segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O PODER AOS GOVERNANTES 1

Nas Democracias actuais é cada vez mais evidente que quem governa mesmo não são os governantes eleitos pelo povo através de eleições livres e imparciais.

A cada nova eleição democrática para novos orgãos governativos, o povo se suspende da expectativa duma redenção que melhore as suas condições de existência. Mas na política não há milagres; muito menos quando é uma política contaminada de invisível ingestão.

Todo o quotidiano da grande política mundial é um mercado de interesses económicos, que nada têm a ver com o bem-estar das populações.
Existem neste mundo de mercado global grandes empresas e consórcios cujo montante de volume de negócios e riqueza, repartida entre os seus administradores, é superior ao PIB de muitos países. 
São estes aglomerados económicos supra-governamentais, cúmplices duma estratégia de pura ganância, que controlam os destinos políticos e estratégicos mundiais e que acabam por influir nas políticas governamentais de cada nação, pois cada vez mais os governantes estão reféns da economia global.

É vergonhoso que num planeta rico de recursos haja tanta fome e miséria.

Vivemos numa sociedade neo-esclavagista, em que é dado aos novos-escravos (ler: povo) o direito de elegerem aqueles que sobre si irão aplicar os regimes que os Senhores Obscuramente Invisíveis da Economia ditarem.

Mui grave é ser essa miséria voluntariamente aceite pelas suas próprias vítimas, pela sua persistência numa ostensiva e voluntária ignorância. 
Quando um povo se refugia atrás de tradições culturais e religiosas, usando-as como pretexto para não evoluir, está abrindo caminho para que os oportunistas mais vis e despudoradamente criminosos se utilizem delas para os seus paranóicos interesses de poder e ganância.

6 comentários:

São disse...

Mas ainda há quem tenha expectativas depois destes descalabros todos? Então é porque anda com a cabeça não sei onde!!!
Fica bem.

Leandro Cordeiro disse...

Seria válido lembrar que, a maioria da população, vota por obrigação, em muitos casos, nunca sequer ouviram falar do candidato... E depois se colocam na condição de reclamantes ativos!
Ótimo tema!

ManDrag disse...

Salve! São
Sim, as expectativas só levam à desilusão. Na verdade, seguindo este rumo não teremos um futuro brilhante, não.
Mas que a esperança numa remodelação de todo o sistema, começando por baixo, pela Educação dos povos, não se apague de nossas vontades. E para tal é necessário a prestação de todos os que têm um mais elevado nível de consciência.
Um abraço.
Salutas!

ManDrag disse...

Salve! Lean
Sim, aí no Brasil a votação em eleições é obrigatória, o que não acontece na maioria das democracias, pelo menos nas europeias.
E tens toda a razão de os votantes depois reclamarem daqueles em quem votaram. Isso porque votam por ideologia e não por conhecimento dos políticos e seus programas de acção. Para votar, o povo deve procurar se manter informado e actualizado. Mas o povo prefere futebol e novela na TV.
Esperemos melhores dias.
Um abraço!
Salutas!

SILÊNCIO CULPADO disse...

ManDrag
Violentos são os destinos que comandam e se deixam comandar pela ganância. Quem é capaz de dormir direito quando para enriquecer mais e mais, numa ânsia de poder sempre insatisfeito, deixa morrer ou vegetar muitos seres humanos a quem falta o essencial para poderem viver,já perdeu toda a sensibilidade que nos distingue dos animais. Então vive a selva no seu estado mais duro e desumano. O poder, pelo qual tantos homens lutam, não é mais que uma ilusão de poder pois à medida que se adquire vai-se esvasiando de conteúdo.
Claro que o que eu digo é retórica. As sociedades actuais vivem uma luta corpo a corpo entre os que tudo têm e os que vivem na pobreza.
Os 500 mais ricos do mundo, – apenas 500 – consomem recursos equivalentes a 416 milhões dos mais pobres. Isto diz tudo.
Não podemos ficar indiferentes a uma injustiça tão brutal nem legitimar, através do voto, quem a alimenta e alimentará para gáudio duma minoria.

Abraço

ManDrag disse...

Salve! Lídia
Mais uma vez concordo em pleno com as tuas afirmações.
Os pobres têm de deixar de suportar a canga para uma ínfima minoria acumular aquilo que nem conseguem gastar, melhor diria esbanjar, ao longo da vida.
Alguma coisa tem de ser feita e cabe àqueles que pensam com o coração e a alma o dever de arrumar a casa.
Abraço.
Salutas!