A grande moda política da actualidade é a Democracia.
A Democracia divinizada pelos USA e pela União Europeia. A Democracia evangelizada e impingida, nem que seja pela força das bombas, por esse mundo fora; sem sequer questionar se os povos locais estão interessados nessa democracia, ou mesmo culturalmente aptos a viver nela.
A Sacrossanta Democracia doutrinada como panaceia para todos os males sociais e políticos. Mas uma democracia tão franzina na sua debilidade, porque minada de corrupção e interesses mais $elevados$. Uma Democracia que pouco tem de política.
Antes fazia-se política, discutia-se política; a política governava. Eram os políticos, democratas ou não, quem governava.
Agora gere-se a política, administra-se a política, investe-se a (e na) política. Os políticos deixaram de ser os governantes para serem os aplicadores das directrizes economicistas ditadas pelos senhores, que na sombra, gerem os destinos do mundo.
Eu não sou democrata e tenho muitas suspeitas quanto à verdadeira justiça do sistema governativo democrático.
A Democracia, por princípio, é sempre a vontade da maioria; logo imposta sobre a minoria. E eu como membro duma minoria serei sempre um elemento secundário nesse sistema sociopolítico; um cidadão menor, um cidadão de segunda.
Não me venham com essa conversa-da-treta de que as Constituições Democráticas salvaguardam os direitos humanos, assim como os direitos das minorias. É tudo balela!
A própria criação de instituições de solidariedade social para a defesa e integração das minorias é prova de como as minorias são espezinhadas pela ditadura da maioria. A Ditadura da Democracia é orientada por massivas campanhas de marketing político (a que muito polidamente se dá o nome de campanhas eleitorais), com objectivo de dissimular através do voto as orientações previamente determinadas em gabinetes incógnitos.
Os rituais mantêm-se, mas os vermes parasitários correm atarefados por trás dos cortinados e reposteiros. A Vetusta Honra dos Grandes Salões perdeu a sua dignidade, para a voracidade da ganância desmedida e desumana.
Os eleitos governantes são apenas actores que lêem e executam um drama, escrito e encenado por autores desconhecidos das maiorias votantes e, esses senhores obscuros, esses sim são os verdadeiros governantes; os senhores todo-poderosos. Mas embora sejam esses senhores quem governe, não foram de modo nenhum eleitos pela maioria. Onde está a Democracia aí?
É lastimavelmente vergonhosa a manifesta incapacidade dos governantes democraticamente eleitos solucionarem os problemas sociais mais pungentes no mundo, como seja a fome, a guerra, o desemprego, a poluição desenfreada, ...
Não é mais a política quem governa. É a economia, estúpido!
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
O INSULTO
Decorreu a cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos de 2008 em Pequim.
O desfile ignóbil de deficientes, aleijados, estropiados, deformados, foi um insulto à arrogância narcísica dos Deuses do Olímpo e ao seu culto pela Beleza Física.
Mas eu só via Beleza!!!
Uma Beleza transbordante de Felicidade!
Vi Beleza naqueles Olhos plenos de Fé e Esperança!
Vi Beleza naqueles Sorrisos de Alegria de quem está dando Tudo que tem de Melhor! E pedindo tão pouco, ou nada, em troca.
Vi Beleza na Satisfação de quem aproveita cada minuto, cada segundo da Vida. Quem Aprendeu que cada segundo vivido é uma Vitória.
Vi a Beleza da Dedicação daqueles que esquecidos pela sociedade, que os devia acolher, ainda dão Todo o seu Melhor para representarem com toda a Dignidade e presentearem, essa mesma sociedade-madrasta, com os melhores Troféus. Essa sociedade que os trata como seres de segunda. Que os ignora em toda linha, apenas se lembrando deles para posar ao lado na fotografia, em auto-promoção.
Vi Beleza naqueles Rostos que se erguiam Honestos, Dignos... Olímpicos!
Estes sim, verdadeiramente Olímpicos!
O desfile ignóbil de deficientes, aleijados, estropiados, deformados, foi um insulto à arrogância narcísica dos Deuses do Olímpo e ao seu culto pela Beleza Física.
Mas eu só via Beleza!!!
Uma Beleza transbordante de Felicidade!
Vi Beleza naqueles Olhos plenos de Fé e Esperança!
Vi Beleza naqueles Sorrisos de Alegria de quem está dando Tudo que tem de Melhor! E pedindo tão pouco, ou nada, em troca.
Vi Beleza na Satisfação de quem aproveita cada minuto, cada segundo da Vida. Quem Aprendeu que cada segundo vivido é uma Vitória.
Vi a Beleza da Dedicação daqueles que esquecidos pela sociedade, que os devia acolher, ainda dão Todo o seu Melhor para representarem com toda a Dignidade e presentearem, essa mesma sociedade-madrasta, com os melhores Troféus. Essa sociedade que os trata como seres de segunda. Que os ignora em toda linha, apenas se lembrando deles para posar ao lado na fotografia, em auto-promoção.
Vi Beleza naqueles Rostos que se erguiam Honestos, Dignos... Olímpicos!
Estes sim, verdadeiramente Olímpicos!
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
ONE WORLD, ONE DREAM
«One World, One Dream», «Um Mundo, Um Sonho» este o lema das Olimpíadas de 2008 de Pequim. A ideia subjacente à concepção organizativa do evento.
E o sonho é fazer deste planeta um mundo único, com uma humanidade apenas. Uma ideia de comunhão e de união pacificadora, muito desejável.
Uma ideia assaz muito querida aos revolucionários da Internacional-Socialista: a unificação dos povos em torno dum ideal comum.
Mas vivemos na era da crise dos idealismos e das idealogias. A massificação trouxe em si o seu antídoto; a individualização. Ao evoluirmos para uma maior proximidade entre todos, criando condições para mais fáceis modos de comunicação e deslocamento, criámos também a possibilidade dum confronto generalizado de todos com as diferenças existentes entre todos. Isso remete o indivíduo à sua singularidade. E essa remissão é mal querida pelos ideais hegemónicos nacionalistas.
A facilitação do contacto global leva cada indivíduo a confrontar-se com outros modos e outros saberes, permitindo-lhe assim questionar-se sobre qual o seu papel no contexto social em que se encontra. Só que agora o contexto social alargou-se para além da sua casa, do seu bairro, da sua cidade, do seu país. Agora, todo aquele que tem acesso aos meios mais modernos de comunicação, é um cidadão do mundo. Através da internet cada um de nós consegue instantaneamente ficar em contacto com algum antípoda desconhecido, com uma tradição e cultura diametralmente opostos.
Ainda e sempre, a omnipresente ideia da globalização. Vivemos na era da globalização. E se para uns esta palavra é aterradora, para outros ela é apetecivelmente inspiradora ($proveitosa$).
A ideia da universalidade, da inter-nacionalidade, da comunhão entre nações, povos e indivíduos. Poderá parecer utópico, mas para lá caminhamos. Devagar e enviesadamente, mas caminhamos.
Vivemos na era da comunicação fácil e das deslocações rápidas. Numa questão de horas voamos dum continente a outro, ficando perante pessoas com outros costumes e com outros hábitos.
As comunicações facilitadas pela rede mundial de internet permitem o acesso instantâneo entre pessoas que vivem nos antípodas uma da outra, pessoas com culturas e tradições diferentes, pessoas com condições sociais diferentes, pessoas com objectivos e ambições diferentes, pessoas com similaridades também. Isso possibilita o entendimento e aceitação do diferente. Permite a troca de ideias e a desmistificação do «estrangeiro».
Afinal todos nós somos «pessoas», somos humanos. Todos procuramos viver segundo as nossas expectativas. E cada vez mais essas expectativas se vão assemelhando entre os habitantes das mais longínquas partes do globo.
E o sonho é fazer deste planeta um mundo único, com uma humanidade apenas. Uma ideia de comunhão e de união pacificadora, muito desejável.
Uma ideia assaz muito querida aos revolucionários da Internacional-Socialista: a unificação dos povos em torno dum ideal comum.
Mas vivemos na era da crise dos idealismos e das idealogias. A massificação trouxe em si o seu antídoto; a individualização. Ao evoluirmos para uma maior proximidade entre todos, criando condições para mais fáceis modos de comunicação e deslocamento, criámos também a possibilidade dum confronto generalizado de todos com as diferenças existentes entre todos. Isso remete o indivíduo à sua singularidade. E essa remissão é mal querida pelos ideais hegemónicos nacionalistas.
A facilitação do contacto global leva cada indivíduo a confrontar-se com outros modos e outros saberes, permitindo-lhe assim questionar-se sobre qual o seu papel no contexto social em que se encontra. Só que agora o contexto social alargou-se para além da sua casa, do seu bairro, da sua cidade, do seu país. Agora, todo aquele que tem acesso aos meios mais modernos de comunicação, é um cidadão do mundo. Através da internet cada um de nós consegue instantaneamente ficar em contacto com algum antípoda desconhecido, com uma tradição e cultura diametralmente opostos.
Ainda e sempre, a omnipresente ideia da globalização. Vivemos na era da globalização. E se para uns esta palavra é aterradora, para outros ela é apetecivelmente inspiradora ($proveitosa$).
A ideia da universalidade, da inter-nacionalidade, da comunhão entre nações, povos e indivíduos. Poderá parecer utópico, mas para lá caminhamos. Devagar e enviesadamente, mas caminhamos.
Vivemos na era da comunicação fácil e das deslocações rápidas. Numa questão de horas voamos dum continente a outro, ficando perante pessoas com outros costumes e com outros hábitos.
As comunicações facilitadas pela rede mundial de internet permitem o acesso instantâneo entre pessoas que vivem nos antípodas uma da outra, pessoas com culturas e tradições diferentes, pessoas com condições sociais diferentes, pessoas com objectivos e ambições diferentes, pessoas com similaridades também. Isso possibilita o entendimento e aceitação do diferente. Permite a troca de ideias e a desmistificação do «estrangeiro».
Afinal todos nós somos «pessoas», somos humanos. Todos procuramos viver segundo as nossas expectativas. E cada vez mais essas expectativas se vão assemelhando entre os habitantes das mais longínquas partes do globo.
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