terça-feira, 24 de junho de 2008

O SÉCULO DA IMAGINAÇÃO E CRIATIVIDADE

Estamos iniciando mais um Milénio e, neste seu primeiro Século, a Humanidade tem de tomar consciência das implicações que o seu modus vivendus tem no mundus ao seu redor.

Ao longo dos dois últimos séculos do milénio anterior, a Humanidade desenvolveu uma civilização geradora dum habitat anti-natural e pernicioso para os sistemas ecológicos seus vizinhos. E como alastrámos essa civilização por todo o planeta essa agressão logo se tornou generalizada e global.

Estudiosos atentos e de fina argúcia ética, têm observado o evoluir das ameaças e transgressões. Têm diagnosticado os problemas, procurando entender a proveniência das causas e a dimensão dos agravos e prejuizos causados pelas condutas erróneas e erráticas. Tentam também compreender os modos de suprimir esses erros, propondo novas condutas, correctas e convenientes.

Durante os dois últimos séculos a Humanidade empenhou-se na procura dum conhecimento tecnológico e científico que lhe proporcionasse um modo de existência materialmente satisfatório, indiferente às consequências que os seus métodos tinham sobre o restante ambiente envolvente.
A civilização humana investiu na Ciência e Razão para a elaboração e aprofundamento dos seus conhecimentos práticos. Os objectivos materiais sobrepunham-se a todos os outros parâmetros.
Tarde se lembrou de verificar os efeitos secundários dos seus métodos. E muito graves foram as consequências dos seus actos.

Agora temos de reaquacionar tudo. O Mundo que criámos está errado nas suas fundações e doente. Medidas radicais se impõem, se queremos preservar a nossa existência. Pois é isso que está em causa; a preservação da espécie humana, uma vez que a Natureza sempre se regenera em novos padrões.
O nosso modo de evoluir para um modo de existência confortavelmente sedentário pôs em causa a nossa própria existência.

Se anteriormente nos baseámos na perícia tecnológica, agora outra abordagem de crescimento se impõe. Temos de redireccionar o nosso modo de aplicação do Saber.
Neste novo Milénio a Humanidade terá de se orientar para outros objectivos. E neste primeiro Século, desse novo Milénio, temos de aprender a desenvolver e valorizar outras capacidades, tais como a Imaginação e a Criatividade.
Temos de valorizar o pequeno, ao invés da megalomania que reinou durante o nosso passado. Temos de entender que não é com soluções globais que se resolvem os problemas duma Humanidade diversificada em culturas e tradições.
Temos de apreciar e entender o porquê de cada tradição e costume, enquadrados nos sistemas complexos da sua geografia e localização.
Temos de aprender a pensar em pequeno e caso a caso. Cada problema tem a sua solução específica. E para a resolução de cada problema a resposta está no meio em que ele se enquadra.

Não há panaceias para todos os males do mundo!

2 comentários:

Luís Freitas disse...

O texto está bom. Mas não concordo totalmente. à questões que só podem ser resolvida a nível global. Problemas há em que uma solucção local não resolve a questão pois o problema só tem solução se vários, ou, todos os países, tomarem medidas semelhantes. Senão é como aquela imagem do cobertor demasiado curto.

ManDrag disse...

Salve! Luis
Obrigado pela tua presença e pelo comentário.
Não me parece que tenhas feito a leitura mais correcta deste texto, pois em passagem alguma dele se isenta qualquer interveniente mundial de tomar medidas correctivas. A tua resposta parece referir-se talvez ao meu texto anteriormente publicado neste blog «Lenha e Sol». Mas mesmo sendo esse o caso a minha resposta manter-se-ia.
Abraço.
Salutas!