quinta-feira, 15 de maio de 2008

O CASO GAY 1

No Princípio era o Verbo. E o Verbo não tinha «o» nem «a», era assexuado.

No Princípio não havia Moral, pois o Verbo não tinha Dogmas. Era amoral.

Depois veio o Judaismo e inventou o Pecado. E na sequência deste veio a Igreja Católica e inventou os Sete Pecados Capitais (aos quais não é feita referência alguma na Bíblia), tratando desde logo de disseminar sofregamente a praga da auto-condenação pelo Mundo. E satisfeita com a sua perversa criação (mais uma das inúmeras falácias da Igreja) dedicou toda a sua existência a condenar tudo aquilo que não lhe fosse favorável. E ainda assim prossegue, cada vez mais encarniçada.
E pelo meio disto tudo veio um tal Saulo, que se passou a chamar de Paulo e a bronca começou. Porque não há pior homofóbico que uma bicha-arreprendida e não assumida. É ele o vírus responsável pela degeneração em azedume e rancor dos ensinamentos de harmonia e compaixão do Cristo, dando assim origem ao cristianismo dogmático e sectário.

E no início a Humanidade era livre de sentir e viver, pois era mais natural. E a Natureza não é dogmática, nem moralista, nem condenadora. A Natureza não julga!!! Por isso é Perfeita.

E no início quando dois humanos se enamoravam e procuravam satisfazer fisicamente a sua líbido faziam-no sem observar o «o» ou «a» mútuos, pois o seu Prazer ainda não havia sido nomeado de Sexualidade, nem esta havia sido catalogada em várias designações. E assim não havia Heterossexualidade, nem Bissexualidade, nem Homossexualidade.

Os Helénicos (Gregos) antigos, praticantes duma livre procura de prazer inter pares, nem tinham designação para tal prática por ser demais óbvia e natural (a tal ponto que era tradição quase institucional). Só depois quando foram diabolizados, ou melhor dizendo cristianizados por Paulo de Tarso, os Helenos descobriram que afinal viviam em pecado de sodomia. Oh!!!...

E depois do início veio a padronização da heterossexualidade e a sua proliferação por todo Mundo, pois nos conceitos de dominação e ocupação territorial da organização das sociedades pós-tribais era necessário a subjugação demográfica pela superioridade étnica (veja-se o exemplo actual do Kosovo). Isso levou à condenação da homossexualidade e perseguição daqueles que a integravam nos seus comportamentos, pois eram vistos como traidores à causa nacional por não procriarem. A estigmatização da homossexualidade trouxe consigo todo o tipo de sevícias oficialmente autorizadas sobre os seus praticantes.

Mas cada vez mais o retorno às origens se verifica. A componente Natural do Ser Humano é progressivamente restaurada pela busca continuada do auto-conhecimento. E assim a androginia é uma tendência evidente na evolução da actual Humanidade. Tanto mental como fisicamente. Já nem para a procriação é necessária a concretização duma cópula heterossexual. Em último desígnio a Humanidade se tornará andrógina.

Explicação da opção rosa na edição do texto:
Os homossexuais eram perseguidos pelo nazismo (embora ela fosse praticada por muitos membros nazis e por membros da infame SS), que os detinha e encarcerava nos campos-de-concentração para extermínio. A cada grupo social vítima do terror nazi era atribuido um simbolo identificador; aos homossexuais foi-lhes ser imposto um triângulo rosa. Daí as comunidades homossexuais terem adoptado o triângulo rosa para seu emblema, como um símbolo de vitória sobre o preconceito e a prepotência opressora.

1 comentário:

São disse...

Aplaudo-te, de pé!
O grande traidor de Jesus não foi Judas, foi o misógeno Paulo.
Quanto ao catolicismo romano continua a verter perversão , aleivosia e cinismo, por todos os poros!
Saudações.