É proibida a publicidade ao tabaco. Mas permite-se que empresas cervejeiras patrocinem festividades estudantis, onde são distribuídos litros e litros de cerveja (e não é daquela sem álcool) entre os jovens convivas. Sabendo as entidades reguladoras e as responsáveis de saúde pública, o elevado índice de viciação que o álcool tem sobre o organismo.
Em todos os maços de cigarros, ou qualquer outra embalagem que contenha alguma forma de tabaco, são afixados abusivos anúncios, que aludem grosseiramente aos perigos para a saúde decorrentes do consumo de tabaco. Mas ainda não vi nenhum rótulo afixado numa garrafa de qualquer bebida alcoólica, alertando para os graves riscos de saúde (mortais até), além dos transtornos sociais que o consumo de álcool acarreta (não tenho notícia de casos de embriaguez, com todos os seus incómodos para terceiros, por indivíduos terem fumado um ou mais maços de cigarros).
Depois temos ainda esse discurso esticado até às raias da demagogia paranóica do fumador-passivo. Em contrapartida ninguém chega a casa e maltrata (assedia, ofende e espanca, ou mata mesmo) os familiares por ter fumado um maço de cigarros, mas todos sabemos de incontáveis casos de violência doméstica provocados pelo consumo de álcool.
Que eu tenha conhecimento ainda não se noticiaram acidentes rodoviários provocados pelo consumo de tabaco. O que já não se pode dizer dos provocados pelo consumo de álcool, muitos com vítimas mortais, muitas delas sem responsabilidade nenhuma no seu infortúnio.
Segundo um estudo feito em Inglaterra sobre os malefícios das substâncias causadoras de dependência, compreendendo todas as drogas, naturais ou sintéticas, legais ou ilegais, leves ou pesadas, é o álcool que lidera com o maior número de mortes entre os seus consumidores, sendo assim um nocivo agente para a salubridade individual e social.
Afinal quem pretendem os governos proteger?
8 comentários:
ManDrag
Sempre atento aos GRANDES pormenores que fazem toda a diferença.
Tens toda a razão querido amigo.
Até o preconceito consegue ser parcial, em prol de interesses comuns.
Um abraço, como sabes...
Salve! Paulo
Apenas estou atento e dando voz ao que todos observam e não sabem como falar.
Sim, o preconceito e os interesses ainda dominam o nosso mundo. Este mundo cujos governantes pretendem apresentar como justo.
Aquele abraço, meu Guerreiro.
Salutas!
Mata, mas os interesses sobrepõem-se ...
Neste Dia contra a Violência de Género dexo-te votos de paz interior, sereno e bom ritmo, harmonia com o cosmos.
Bem hajas!
Mandrag lamento mas neste assunto não estou de acordo e porquê? O tabaco todos sabemos ( não é preconceito) que podemos ,sem nos apercebermos, viciarmo-nos tendo em conta que a nicotina é um quimico que nos tornam dependentes. Quanto ao alcool uma coisa é bebermos com o prazer de degustar o sangue da terra outra coisa é bebermos a ponto de ficarmos descontrolados.
Salve! São
Pois... sempre os interesses de alguns a justificar as desgraças dos muitos.
Paz para ti também.
Abraço grande.
Salutas!
Salve! Maria
Já todos estão fartos de saber que o tabaco vicia através da nicotina; assim como há uma infinidade de substâncias viciantes nos produtos que diariamente consumimos, tais como a cafeína presente no café e em alguns refrigerantes, o chocolate, o açúcar, o sal, entre outros.
O álcool é uma dessas subdstâncias viciantes também, mas à qual toda gente "faz vista grossa", com lirismos desses que invocas ("o sangue da terra", "o sangue de cristo", "o sangue de baco").
O álcool é uma substância que provoca toxicodependencia!!!
E isso nenhum lirismo alienatório e tradicionalista pode negar.
Essa tradição desculpabilizante quanto ao álcool tem sido criminosa, ao proporcionar uma impunidade irresponsável sobre os altamente nocivos efeitos sociais do consumo de bebidas alcoólicas.
Salutas!
PS: Eu já fumei e deixei de fumar por várias vezes ao longo da minha vida e nunca fiquei dependente da nicotina. Além de que por vezes pego no meu cachimbo e o encho de tabaco e me delicio com "os aromas da terra". Tal como pego num cálice de cristal e o encho dum bom Moscatel de Setúbal e me delicio de igual modo. Combinando os dois então é uma experiência assaz deliciosa.
ManDrag
Do meu ponto de vista considero condenável tudo o que prejudica terceiros. O tabaco prejudica. Cheguei a fumar 3 maços diários e quando tentava reduzir não conseguia porque um colega do gabinete contíguo ainda fumava mais que eu. Foi preciso sair da empresa para deixar de fumar. O que faço desde há 5 anos. Isto é só para dizer que não é aceitável que se fume quando há pessoas asmáticas ou com outros problemas respiratórios, cancerosos etc que levam com o fumo na cara só porque alguém entende que lhe apetece fumar. O ambiente sofre com o tabaco nomeadamente praias e locais públicos onde são mais que muitas as beatas pelo chão.
Sou contra o tabaco embora tenha fumado toda uma vida.
Quanto ao alcool também sou contra se for ingerido por menores e em quantidades que interfiram na relação com os outros.
Um copo de vinho à refeição ou um drink social de vez em quando nunca fizeram mal a alguém.
O que importa em tudo é a educação cívica com o inerente respeito pelos outros.
Abraço
Salve! Lídia
Ora nem mais:"O que importa em tudo é a educação cívica com o inerente respeito pelos outros", e disseste tudo.
Abraço.
Salutas!
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