Ao dizer isto logo nos ocorre à mente o paradigma da eleição de Barack Obama. Mas cada vez mais a política se estende para além dos gabinetes da governação, deixando de ser um jogo de interesses económico-estratégicos, para assumir um perfil de cuidados sociais e globais protagonizados por figuras mais ou menos públicas, muitas delas com percursos bem afastados dos redis da política.
São os sinais de novos tempos.
Assistimos ao declínio de uma Era e ao dealbar de outra. Mas nesta nova época novos modelos se impõem. Um novo entendimento do mundo, uma nova forma inclusiva de compreender a Humanidade em toda a sua diversidade e idiossincrasias.
Já não é tempo para nos entretermos com guerras e subjugação de povos, com o único fito de uma exploração económica imoral e desumana. Já não é tempo para submissões a dogmas políticos, moralistas ou religiosos, que se sobrepõem ao verdadeiro bem-estar do ser humano.
É tempo de repensar costumes e tradições. É tempo de reinventar a modernidade. É tempo de incorporar a ciência e o conhecimento, nos usos do quotidiano. É tempo de escutar os filósofos e pensadores, aprendendo com eles a ponderar e reflectir.
É tempo de todos assumirmos a nossa maioridade evolutiva. Tempo de assumirmos a responsabilidade individual perante os destinos do mundo em que todos habitamos. Tempo de integrar uma consciência colectiva universalista.