quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

NOVA ONU

24 de Outubro de 1945, data da fundação oficial da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os seus objectivos:
. Manter a paz mundial
. Proteger os Direitos Humanos
. Promover o desenvolvimento económico e social das nações
. Estimular a autonomia dos povos dependentes
. Reforçar os laços entre todos os estados soberanos

Ao fim de 63 anos da sua existência quais destes objectivos conseguiu a ONU implementar eficazmente?
Quanto a mim, nenhum!

E porquê?! Principalmente pela sua instrumentalização por um dos seus organismos de liderança; o Conselho de Segurança, através do qual alguns viciam as determinações da Assembleia em proveito dos seus interesses próprios.

Fundada na agonia do pós 2ª Guerra Mundial e enviesadamente moldada no decorrer das angustiantes décadas da Guerra Fria, revela-se agora uma organização desactualizada e obsoleta, na sua incapacidade de se impor com autoridade e soberania, necessárias nestes dias de globalização em que o desmando tende a imperar.

O paternalismo do seu Conselho de Segurança é impróprio para um mundo onde novos valores e poderes despontam dia a dia, moldando um novo mundo que nada tem a ver com aquele que lhe deu origem. O direito de veto de alguns dos seus membros permanentes é vergonhoso num mundo em que se pretende a igualdade para todos os parceiros, ou não seja essa a base da democracia - ideologia que parece ser consensual entre todos os seus membros, para o funcionamento da própria instituição.

Tem sido por demais evidente a manietação da ONU, por países e lobbies, de modo a restringir a sua capacidade de intervir com soberana autoridade na implementação das resoluções da sua Assembleia Geral. 
A ONU nasceu como boneco de ventríloquo das nações poderosas da altura, logo incapaz de agir livremente e com a autoridade necessária.

Cada vez se torna mais notória a necessidade de uma profunda e completa reforma nos estatutos e organismos de decisão e intervenção da decrépita organização, para a formação duma verdadeira Organização das Nações Unidas, que pugne pela igualdade de tratamento entre todas as nações e povos. Uma ONU dotada dos meios necessários para impor a ordem e paridade entre todos, sem excepções. 
Enfim, um organismo de autoridade e soberania em que a voz de todos e qualquer um, tenha o mesmo peso e valor.

6 comentários:

Serginho Tavares disse...

É difícil que uma nova ONU nasça ou que ela renasça quando não é interesse para os países ricos e poderosos mudar seu ponto de vista a favor dos menores. Como disseste no post, ela esta obsoleta, com idéias arcaicas, o veto de alguns membros é muito estranho quando ela diz defender a democracia. Mas que democracia ela defende? Ela defendeu o Afeganistão quando ele foi ocupado pelos russos? Defendeu o Iraque de Saddam e posteriormente quando foi ocupado pelos americanos? Defende o Haiti? Defende a vida de tantos pobres africanos a morrer de fome?
Defende quem? Para mim me parece que a ONU defende apenas os interesses dos poderosos e só.

Um post que me fez refletir como tantos que você escreve aqui.











[te amo]

Leandro Cordeiro disse...

"Enfim, um organismo de autoridade e soberania em que a voz de todos e qualquer um, tenha o mesmo peso e valor."
O que falta para que isso aconteça?

SILÊNCIO CULPADO disse...

ManDrag

O grande mal, meu querido amigo, é que há uma distância quase intransponível entre o que está no papel como princípios acordados e as práticas daqueles que usam esses princípios como camuflagem para actuações com finalidades bem diferentes.
É como a igualdade de oportunidades. Está no papel, não está? O nosso PM enfatiza acaloradamente estes princípios. Quem acredita face ao que se pratica?
Claro que é preciso uma nova ONU mas que não se subverta como esta se subverteu.


Abraço

Arnaldo Reis Trindade disse...

subscrevo o que disse a Lídia e que um dia todos principalmente os norte-americanos peguem tais papeis, inclusive a constituição dos EUA e aprendam a por em prática o que lá está escrito

abraços amigo

Jorge Oyafuso disse...

Infelizmente, foi-se os tempos em que a ONU era uma organização imparcial que visava a paz, o equilíbrio entre os povos da Terra.

Hoje essa (Des)Organização das Nações (Des)unidas é pretenciosa.

Vergonha alheia. Mesmo!

Jorge Oyafuso disse...

Infelizmente, foi-se os tempos em que a ONU era uma organização imparcial que visava a paz, o equilíbrio entre os povos da Terra.

Hoje essa (Des)Organização das Nações (Des)unidas é pretenciosa.

Vergonha alheia. Mesmo!